A História do Yoga – parte IV
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Época de Buda: 2.500 anos atrás. Raízes de Raja Yoga.
Marca o início das tradições de yoga que não aceitavam a autoridade dos Vedas e que são essencialmente psicologias e não religiões.
Yoga com psicologia espiritual, sem a presença de Deus
- Não aceitação dos vedas, dos livros sagrados hindus e do sistema de castas
- Nenhum conceito de alma ou essência duradoura
- O budismo é uma psicologia para acabar com o sofrimento através da obtenção de sabedoria
- Acaba sendo uma religião com Buda como princípio espiritual último, um tipo de deus
- Cria a fundação para Yoga ser um caminho espiritual, mas não uma religião
Saúde é o maior presente, contentamento a maior riqueza, a fidelidade o melhor relacionamento.
Ninguém nos salva senão nós mesmos. Nós mesmos devemos percorrer o caminho.
A paz vem de dentro. Não procure ela fora.
A vida sem a clareza e desapego do caminho espiritual sempre resulta em sofrimento
- A salvação se dá através da compreensão e incorporação das quatro nobres verdades:
- A Realidade do Sofrimento: Toda existência é dukkha. “angústia”, “dor” ou “insatisfação”. A visão de Buda era que não encontramos felicidade ou satisfação final em nada que experimentemos. Este é o problema da existência.
- A Causa do Sofrimento: A causa de dukkha é o desejo. A tendência humana natural é culpar nossas dificuldades nas coisas que estão fora de nós. Mas Buda diz que sua raiz é encontrada na própria mente. Em particular, nossa tendência a nos apegar às coisas (ou, em alternativa, afastá-las) nos coloca fundamentalmente em desacordo com o modo como a vida realmente é.
- A Cessação do Sofrimento: A cessação de dukkha vem com a cessação do desejo. Como somos a principal causa de nossas dificuldades, também somos a solução. Não podemos mudar as coisas que nos acontecem, mas podemos mudar nossa reação a elas.
- O Caminho (Magga) para a Cessação do Sofrimento: Existe um caminho que liberta o dukkha. Embora Buda lança a responsabilidade sobre o indivíduo, ele também ensinou métodos através dos quais podemos nos mudar, por exemplo, o Nobre Caminho Óctuplo.
Os Yoga Sutras mantem esta perspectiva de vida como sofrimento e libertação através de Yoga.
Foco forte em ética e valores.
- O Nobre Caminho Óctuplo forma a base da vida budista:
Compreensão correta: Compreensão de acordo com as Quatro Nobres Verdades,
Pensamento correto: O pensamento da renúncia, não querendo causar o mal (nem em pensamento).
Fala correta: Abster-se de mentir, falar em vão, ter uma fala construtiva, harmoniosa, conciliadora.
Ação correta: Abster-se de destruir a vida, tomar aquilo que não for dado, e da conduta sexual imprópria.
Meio de vida correto: ter uma profissão que não esteja em desacordo com os princípios.
Esforço correto: Cultivar estados da mente benéficos e condições para futuros estados benéficos.
Consciência correta: Desenvolver consciência do corpo, fala e mente, em linha com o caminho óctuplo.
Concentração correta: Estabilidade e foco mental
“Agarrar-se à raiva é como agarrar-se a um carvão quente com a intenção de jogá-lo em outra pessoa; você é quem acaba se queimando.”
- O contemporâneo de Buda, Mahavira, fundou a religião Jaina cujo princípio essencial é a não-violência.
Meditação como base do caminho espiritual
- A meditação é a base do caminho espiritual budista e a técnica ensinado por ele, Vipassana, continua sendo o mais importante em várias linhagens de Budismo hoje.
- Neste método, concentramos primeiro nas sensações no corpo, depois no fluxo da respiração e eventualmente na passagem dos pensamentos e emoções.
“Não viva no passado, não sonhe com o futuro, concentre a mente no momento presente.
Somos o que pensamos. Com nossos pensamentos, criamos o mundo.”
Por Joseph Le Page
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