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História do Yoga – parte I

Acompanhe abaixo, a cronologia da História do Yoga:

 

1. Época Védica: cinco mil anos atrás. Mantra Yoga

2. Samkhya: uma filosofia originada a aproximadamente três mil anos atrás que influencia toda as outras tradições de yoga que vieram depois. A origem de Jnana Yoga

3. Época do Vedanta: três mil anos atrás. Jnana Yoga, Karma Yoga e Bhakti Yoga.

Textos principais: Os Upanishads e Bhagavad Gita

4. Época de Buda: dois mil e quinhentos anos atrás. Raízes de Raja Yoga.

Marca o início das tradições de yoga que não aceitavam a autoridade dos Vedas e que são, essencialmente, psicologias e não religiões.

5. Codificação do Yoga até então por Patanjali: dois mil anos atrás. Raja Yoga

Desenvolvimento da Meditação como ciência.

Importância de poderes espirituais na prática de Yoga.

Origem embriônica dos Chakras e do Tantra Yoga.

6. Época do Tantra: mil e quinhentos anos atrás. Chakra Yoga.

O corpo como veículo ao invés de um obstáculo para a espiritualidade.

O uso dos sentidos, cor, forma, som, como caminhos para o espírito.

7. Época do Hatha Yoga: mil anos atrás.

Fortes influências de Patanjali e do Tantra.

Enfoque na saúde e integração do corpo e da mente e da integração de polaridades como veículos para alcançar o espírito.

8. Época do Yoga moderna. De cem anos até hoje.

Renascimento da cultura tradicional da Índia através de uma desilusão com relação ao colonialismo e modernismo. A propagação do Yoga no Ocidente e a reinvenção do Yoga como disciplina psicofísica.  O professor de Yoga como agente da transformação da sociedade in termas de saúde física, integração psicoemocional e reconhecimento de crescimento espiritual como proposito da vida.

 

Os caminhos de Yoga no contexto das épocas da história do Yoga

 

1. Época Védica: de 3 a 5 mil anos atrás – Caminho de Yoga associado com esta época: Mantra Yoga.

O uso de som para unir-se com o sagrado

  • A Índia antiga representa uma mistura de influências indígenas e influências da Ásia Central;
  • O idioma Sânscrito tem origem na Ásia Central e forma a base do grego, do latim, do inglês e de outros idiomas europeus;
  • O idioma sânscrito é muito mais que uma forma de comunicação. Ele é a fonte da criação do universo e o divino em manifestação, mas, nessa época, somente através dos sacerdotes;
  • O som de OM e o uso de mantras sagrados é o legado desta tradição;
  • A palavra mantra quer dizer: “Aquele que carrega a mente”. Ele preenche a mente com intenções positivas que substituem padrões de negatividade;

 

O controle da atenção e respiração

  • A religião desta civilização está codificada nos Vedas que coletâneas de orações dedicadas a mais de cem deidades. Veda quer dizer conhecimento;
  • O mais importante de todos os Vedas, chama-se Rig Veda, e é composto de mais de cento e dez mil mantras em homenagem às mais de cem deidades. O mantra mais famoso do Rig Veda é o Gayatri Mantra;
  • Esta civilização era organizada em castas: 1º os brahmanes – sacerdotes; 2º os kshatrias – políticos e guerreiros; 3º os vaishyas – comerciantes; 4º os shudras – trabalhadores;
  • Representa um segmento da sociedade especializado em práticas espirituais;
  • Os Brahmanes eram um grupo muito poderoso, porque a comunicação com as deidades e a obtenção dos favores e bênçãos advindas destas deidades eram adquiridas apenas através deles;
  • A memorização dos vedas e o canto deles exigiu controle da atenção e respiração que é uma fundação de Yoga.

 

Deidades como corporificações de qualidades positivas – reflexos da natureza positiva do universo

  • Inicialmente a prática de Mantras era usada como veículo de suplicação de bens e bênçãos às deidades.
  • Estas deidades são arquétipos de qualidades universais que existem no cosmos e em nossa própria consciência. Ex: Ganesha = proteção; Saraswati = Criatividade; Lakshmi = Riqueza material e sutil: Shiva = purificação, Savitri = sol como símbolo de iluminação espiritual.
  • Mantra serve para purificação da mente, porque ele oferece um ponto de concentração fixo, positivo e repetitivo.

 

Por Joseph Le Page

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